sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

“Talvez bastava respirar... Somente respirar um pouco...” - Invece No - Laura Pausini

Senti que algo me envolvia, perturbava minha mente e meu coração, mas ainda não sabia definir o que, ou muito menos por que isso estava acontecendo. Tudo começou depois que ele, dentro da sua delicadeza e malícia, voltou-se para mim e simplesmente sorriu. Uma, duas, três vezes... Conversas sem sentido, informais... Com o tempo apertos de mão evoluíram para abraços e beijos carinhosos no rosto. E assim a minha vida foi se tornando mais alegre, mais clara, mais gostosa de viver.
Sem perceber eu estava envolvida, mas não sabia dizer se ele me queria da mesma forma ou era uma simples amizade que eu insistia em colorir. E o medo e os traumas de outros relacionamentos me faziam ser racional e não arriscar... E assim continuavam as conversas, os abraços e nada mais.
Eu podia sentir em todos os cantos o cheiro da sua pele, do seu perfume. Bastava pensar, para te ver em minha mente, nunca precisei me esforçar! Seus olhos, seu riso... Tudo me fazia bem, tudo me acalmava. Ele já havia impregnado meus pensamentos, a minha casa, a minha vida.
E no compasso descompassado dos dias continuávamos silenciosos. Não queria arriscar perder aquele homem com um convite ou uma tentativa de aproximação maior e dessa forma nem mesmo seu sorriso ver ou nem sentir seu abraço.
Os cafés me faziam desejar sua companhia doce, suave. As caminhadas no parque me faziam imaginar você ali comigo, me fazendo rir de pequenas bobagens ou então ouvindo minhas filosofias. O sorvete no fim de uma tarde qualquer me fazia querer desvendar os mistérios daquele homem encantado.
Ou melhor, eu queria que ele se mostrasse da forma mais simples possível pra mim, em momentos singelos, talvez sem grande pompa ou talvez de uma forma boba porque não?!. Um toque de simplicidade basta para nossas almas. Como a chuva que desliza sobre as pétalas de uma rosa. Como um entardecer numa tarde de verão.

(Cíntia Synderski)

* Dedicado a duas pessoas que me deram idéias diversas sobre a frase... Um beijo especial à vocês!

sábado, 24 de outubro de 2009

O que eu não devo esquecer

Ao fazer 22 anos, já aprendi e vivi muita coisa, mas não me considero uma super vivida, nem expert em alguns assuntos, mas sempre gostei de conversar, de ouvir os outros e as vezes até consegui dar bons conselhos. E muita coisa também ouvi nessa minha jornada e sempre brinquei que essas coisas “iriam para minha lista de coisas que não devo esquecer”. Pois bem, em comemoração aos meus 22 anos começo a fazer essa lista, com o que ouvi e aprendi, e logo aviso:ela pode parecer contraditória, afinal cada frase, cada experiência, cada aprendizado surgiu em um momento distinto e eu sempre disse que não sou exata, afinal, sou palavras não números. E também a lista não está numa ordem de importância, ela é uma lista, que resolveu existir de verdade... Conforme eu for lembrando ela vai crescendo... Se divirtam, riam e até quem sabe aprendam com essa minha lista, que muitas vezes, resume um pouco da minha vida.

Lista de coisas que não devo esquecer:

Sempre perguntar... Isso faz uma diferença enorme minha gente... Você evita micos, evita ficar perdido e pode se ganhar um dez numa prova por apenas ter perguntado.


Seja você mesmo em qualquer lugar. Eu aceitei que sou caipira e desastrada e sou feliz por isso! =D

O homem perfeito não existe... Precisamos aprender que todos têm defeitos e que muitos desses defeitos não são tão defeitos assim.

Nunca comprar modem de internet de operadoras celulares. (Essa é uma das mais ouvidas).

Nunca achar que comer uma panela de brigadeiro não vai te fazer mal no outro dia.

Dizer “deixa eu não queria isso” é admitir que “sim eu queria e agora que não tenho to chateada e não fale mais comigo”.

Que sempre devemos ver as coisas pelo seu lado bom. Talvez ai esteja a melhor solução para um problema.

Não sou perfeita, e sei que não devo me cobrar tanto. (apesar de ainda me cobrar às vezes).

Não adianta o que aconteceu, a vida continua e você precisa caminhar... Aquela coisa “o mundo
não pára.”

Eu sou capaz de tudo. Basta eu querer, colocar na minha cabeça e levantar mais cedo.

Sempre há um sapato velho para um pé cansado.

Doce cura qualquer amargura da vida, e boas companhias deixam a vida mais leve e mais divertida.

Estar sozinho é opção. Ser sozinho é conseqüência.

Não há nada no mundo melhor que a casa da gente, a cama da gente, as coisas da gente.

Que ganhar seu próprio dinheiro e investir em você mesma é o melhor negócio que se pode fazer.

Morar sozinho é legal, mas ter com quem dividir os sentimentos e as contas também.

A felicidade é algo que sempre está ao nosso alcance, mas às vezes ela resolve dar uma voltinha e deixa a gente meio triste.

Todo mundo na vida vai ter crises existenciais, crises de choro, vai ficar deprimido, mas tudo isso vai passar.

Ser mulher é bem complicado e exige mais do que se imagina.

Crescer dói.

Descobri a importância de “sorrir e acenar” e o poder de um salto alto que juntos, muitas vezes, são infalíveis.

Aprendi como descobrir o ponto fraco de um homem e de como usar isso.

Redescobrir velhos amigos.

Saber o que é saudade.

Entendi o quanto vale um eu te amo, assim como aprendi que para falar isso é necessário coragem e que o sentimento seja verdadeiro. Admitir depois que falou da boca para fora, machuca quem diz como quem ouve.

Traição dói, mas muitos já passaram por isso e eu sobrevivi...

Uma mentira acaba com um ser humano, com sua moral e, por mais que ela seja admitida, reconstruir uma imagem é mais demorado do que se aposentar.

Senti a dor da perda, a alegria da chegada, a tristeza da partida...E descobri que tenho ambos os sentimentos numa rodoviária: a tristeza de ir embora e a euforia de conhecer novos lugares, novas pessoas, novos rumos.

Perdi o medo de mudar de cidade, mas ainda não perdi o medo de tingir os cabelos.

Já ouvi conselhos maduros para que eu não casasse porque “é mais gostoso namorar, ficar agarradinha com o namorado”, assim como não devo desejar um homem bonito, mas um “que seja bom”, de alma, de conduta, de caráter.

Sei que devo valorizar o meu eu.

Admiro pessoas batalhadoras.

Ouvir as crianças pode ser um bom aprendizado.

Algumas crianças crescem e um dia elas vão abalar seu coração, e em função disso, você vai ter que arriscar se quiser saber como é.

Tenho mais curiosidade que juízo.

Escrever é uma das melhores coisas que descobri na minha vida... Ah, e minha imaginação sempre vai mais longe do que deveria.

Um “uiii delícia” tem amplos significados.

Um sorriso, combinado com simpatia, derrubam qualquer mal humorado.

Nem tudo é como eu vejo e nem como penso.

Que pré-conceitos atrasam a vida e não permitem que você se divirta.

Sundae do Mac Donalds é uma delícia, apesar de falarem que os produtos usados são transgênicos.

Eu amo música e meu computador sempre fica cheio em função disso. E eu durmo com o rádio

ligado, ok?!

Tenho um humor horrível pela manhã. Por isso é sempre bom não abusar da minha paciência e nem exigir demais do meu cérebro.

Passeios no parque ou ao anoitecer tem mais poder de relaxamento que dormir... e melhoram se a companhia for boa.

Eu quero ter filhos, um companheiro, uma casa e um cachorro, mas tenho que batalhar por isso.

Conheça algo, alguém ou algum lugar antes de criticá-lo.

Sei que tenho limites.

Não sou dada a futilidades, mas adoro umas comprinhas...

Gosto de cafuné, de chocolate e de café...De filmes, seriados e telefonemas de madrugada.

Stress só faz mal pra mim.

Gastrite dói mais do que eu imaginava.

Fazer o que não se gosta é mais doído do que perder o emprego.

Ser cara de pau as vezes tem suas vantagens.

Chorar alivia tudo e gritar também.

Maquiagem, salto alto e amigas numa balada elevam o astral.

Beijar na boca não tem preço, mas tem conseqüência.

Viver é mais do que eu imagino, é uma questão de escolha e de coragem.

*Essa lista tende a aumentar... Um dia eu posto uma versão atualizada dela! =)
(Cíntia Synderski)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Nada encantado, porém de verdade!


“Eu to tentando ser feliz... Eu to tentando te fazer feliz”
(Eu to tentando – Kid Abelha)

Descobri que o cara ideal não tem um perfil físico, intelectual ou até social que o define para ser perfeito, mas descobri que você sabe que aquele é o cara ideal quando ele te surpreende. Isso mesmo ele te surpreende. Te deixa recados, te faz ficar boba com elogios, te liga e tudo isso sem que você espere.
São pessoas que se doam sem esperar receber. Se eles precisarem de atenção, eles saberão pedir de um modo que você vai se surpreender e nem vai conseguir pensar. Eles dão carinho, atenção, amor sem esperar que você faça o mesmo. Dão esperança, sorrisos e arrepios. E tudo sempre te surpreendendo.
Hoje entendi que não devo procurar um modelo de cara perfeito que criei na minha cabeça devido as histórias de princesas que ouvi quando criança. Sei que ele nunca vai ser do jeito que imaginei, não vai ter olhos azuis e muito menos vai bater na porta da minha casa, com um buque de flores nas mãos, montado num cavalo branco.
Ele vai aparecer naquela correria do dia a dia, naquela conversa de bar, quem sabe naquela ‘fuçada’ de Orkut. Não importa como, mas ele vai aparecer e o principal: vai te surpreender.
Quando isso acontecer, comece um relacionamento, rolo ou caso, (não importa) de pés no chão e você vai ver como lentamente, a partir do momento em que ele te surpreende a todo instante, você perde o chão e parece voar.
Vai ser um sentimento único. Você vai se sentir especial, querida e amada. Vai se sentir mais sexy, mais magra, mais bem humorada. E não importa se isso durar horas, dias, semanas, meses ou anos... Se um dia um homem te surpreender envolva-se, entregue-se... pois essa pode ser uma oportunidade única de se sentir plena.
(Cíntia Synderski)

Obs: Esse texto foi escrito faz um tempo, mas decidi postá-lo agora... Beijos pra vocês meus leitores! =)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Pára o mundo! Eu quero explicações!

(mais um texto para contrariar frases célebres)

Mais uma madrugada e a inspiração vem! Justamente quando ela não deveria! Embalada, cercada e amarrada por muito trabalho logo surgem indagações, perguntas, pensamentos e eu, um mero instrumento e uma pobre trabalhadora, não resisto e me entrego a escrever e ficar em plena madrugada incomodando o sono alheio com o barulho do teclado!
Situações como essa me fazem contrariar mais uma famosa frase (acho que estou começando a gostar disso)...Sim eu quero explicações! Na verdade, acho que a vida da gente, as situações que vamos viver deveriam ser como atendimento eletrônico via telefone: “Se você deseja viver a próxima situação, tecle 1! Se não quiser, tecle 2! Para mais informações, aguarde na linha...”
Vocês já imaginaram como seriam mais fácil e mais conveniente viver?! Mas não, as coisas tem que ser mais difíceis... A gente não escolhe viver determinadas situações ou momentos, eles simplesmente acontecem... E lá vai a gente, viver com alegria, dor, felicidade ou com uma ressaca no dia seguinte. Gente problemas também dão ressaca!
Eu queria poder saber e escolher o que viver. Por mais que muitas vezes eu (ache que) tenha controle da minha vida, esse suposto controle as vezes me some, escorre pelos dedos, me faz ficar sem noção e pronto! Acontece e eu preciso viver, mesmo sem as minhas armas de defesa por perto. E lá vou eu me aventurar... E sabe o que apenas me sobra para viver essas situações? Apenas as minhas emoções e então já sabe, muitas vezes não há como concertar... então já era. Eu sou assim mesmo, sempre que mais preciso das minhas armas, da minha razão, eles somem! Vão passear! Eles tiram férias! E eu como fico? Perdida. Metendo os pés pelas mão e me encantando com qualquer carinho ou atenção a mais... E como faço: eu sou humana. Por mais que eu queira, não consigo nem posso dizer não, quando minha emoção diz sim. E o pior ela consegue me convencer de uma forma tão rápida que quando eu percebo... já foi...já aconteceu... Agora preciso viver as conseqüências disso.
Gente alguém pode me dar uma vida com tecla SAP, por favor?
(Cíntia Synderski)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

(Im) perfeito

Eu não nasci para ser perfeita... Eu nasci para ser humana... Humana mesmo!. Que vive, convive, erra, acerta e que sente. Não sou perfeita, ao contrário, sou imperfeita... no modo como falo, no jeito como ando, na forma como levo minha vida ou como calço meus sapatos. Tenho um número expressivo e colossal de imperfeições. Tenho as imperfeições do gênero, número e grau... Tenho as imperfeições de um abraço que fala, de um olhar que cala, de uma mão que acaricia. Tenho as imperfeições das cores, das formas, do traçado. Sou como uma criança aprendendo a escrever ou a calcular: com o lápis ela escreve o que acha certo, e se não for, ela apaga com a borracha e, quando de tanto errar a folha fica desgastada demais, ela a arranca ou simplesmente vira a página.
Eu me permito errar e sempre disse que sou uma eterna aprendiz. E sou! Nunca vou entender algumas meias palavras, bem como nem sempre vou entender um simples olhar de socorro. Às vezes vou achar que entendo e bem no fim não era o que eu pensava... e assim eu vou ERRAR. Constantemente, dia-a-dia... Eu vou ERRAR. Muitos consideram essa uma palavra forte demais, enquanto outros garantem que admitir qualquer erro é uma experiência temerosa e dolorosa...
Mas eu aprendi a conviver com isso, e o principal, aprendi a me aceitar, entender que eu erro e por fim me perdoar. Eu sou sentimento, sempre afirmei isso. E por isso eu sempre vou errar, porque nos sentimentos não há exatidão. Os sentimentos, principalmente o amor, nos levam muitas vezes a errar, mas da mesma forma ele nos permite perdoar, ele nos permite que nos aceitemos... Só quando nos damos conta disso, é que passamos a entender os outros. Por isso desejo que todos vocês sejam imperfeitos na sua perfeição!

(Cíntia Synderski)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Complicada?

Tá ok! Desisto e me entrego! Eu sou complicada mesmo! Complico até o que é mais simples... Que descomplicar que nada! Pra mim o negócio é complicar... Complico porque eu detesto o que é obvio, o que é exato!
Não, eu não nasci adorando o complicado, eu aprendi a gostar com o tempo - a medida que percebi que tudo é realmente complicado - e então quando casos, amores, fatos são óbvios demais eu complico, porque senão não tem graça mesmo.
Eu tenho consciência de que desafios e mistérios me envolvem e atiçam algo que se chama curiosidade! E quem me conhece sabe que isso me sobra e transborda pelos meus poros... Sou movida a curiosidade, sou movida pelo que me instiga, pelo que me deixa invocada....
É mal de escorpiana gostar de mistérios...
Mas meu bem, logo aviso: não abusa e não faça propaganda maior do que o produto realmente é.
Porque mistérios prolongados e duradouros, cansam... E mistérios que me fazem imaginar demais e que depois não são o que pensava, me deixam (extremamente) decepcionada.
Mistérios servem a curto, no máximo, médio prazo. Porque, apesar da minha loucura pelo que não é óbvio, um mistério não ter fim se torna chato. Como um filme que gira em torno de um mistério... Você já parou para pensar se ele não tiver um desfecho? Você vai ficar pensando por dias naquele possível fim e no real mistério... E às vezes não vai entender nada... Sendo assim exatidão e objetividade são coisas boas, mas o mistério, o que não é exato também...
Contraditório? Loucura? Não, não... Eu avisei desde o início que eu era complicada, sendo assim, não espere sentido, nem exatidão das minhas palavras!

domingo, 6 de setembro de 2009

Penso, logo desisto!

(uma abordagem sentimental sobre as influências do ego*)

Contrariando René Descartes (filósofo e matemático que disse a célebre frase: Penso, logo existo) uso essa frase com uma ‘leve’ alteração para desenhar as confusões e os pensamentos dessa pseudo-escritora, porém jornalista. As perguntas, tão comuns na minha vida profissional, me cercam até fora dela e se tornam quase uma fórmula matemática (e eu detesto matemática): perguntas, juntadas com um imaginação fértil, misturada com impulsividade é igual me odiar algumas vezes. Sim , eu me odeio às vezes. Mas não um ódio mortal, aquele ódio repreendedor, do tipo: se você tivesse ficado quieta teria sido melhor, mas você resolveu abrir essa boca, agora agüente as consequências. Quando começo a pensar eu viajo pela minha vida, pela das pessoas que me cercam e no fim de um longo pensamento sou capaz de encontrar soluções para os problemas de todo mundo (talvez até do mundo), mas menos para os meus.
Pois bem, eu às vezes me odeio, mas nem por isso tenho medo. Sou impulsiva sim e nunca escondi tal qualidade ou defeito (depende do ponto de vista...) de ninguém.
Além de todos esses quesitos, ainda existe um agravante: o silêncio! Seja das conversas, das relações, da vida... Isso é algo que sempre me incomodou, assim como momentos ou sentimentos que começam e não tem um ponto final.
Quando fico ‘a ver navios’ minha mente viaja, sou capaz de criar situações, pensar mil coisas ( e bobagens) e encontrar desfechos variados para uma mesma situação, como se me preparasse psicologicamente para agir caso alguma delas se consolidasse.
Sempre fui assim e aliado a minha impulsividade vem as palavras. Eu falo mesmo quando incomoda, quando dói, quando me atormenta, quando me enlouquece. Falo porque eu tenho que falar, porque as palavras fazem com que eu me sinta livre e me permitem ser sincera com os outros e comigo mesma. Elas me possibilitam a paz. Mas isso não siginifica que saio falando mil e uma verdades a todo mundo. Não, muito pelo contrário, eu não sei mentir para o meu coração, para os meus sentimentos.
Com o tempo aprendi a evitar falar na hora que me dá vontade. Aprendi a parar e respirar, mas não deixei de falar. Nunca. Posso não falar num primeiro momento, mas de alguma forma eu falo. E encontrei nas palavras um bom álibe. Me solto a dizer o que quero de forma clara, irônica, às vezes chorosa, às vezes maliciosa. Não importa: eu digo e repito. Quantas vezes quiser. E a licença poética me permite ser o mais fiel possível ao que penso. Se eu quiser dizer que não quero, eu digo. Se eu quiser pedir que você fique, eu peço. Se eu quiser chorar, eu choro. Seja explicitamente ou nas entrelinhas. Eu vou ser em algumas ocasiões ( ou textos) decifrável porque é isso que quero ou indecifrável quando eu desejar um mistério a mais. Mas vou sempre falar.
Porque eu gosto das coisas claras com começo meio e fim. Não largo ninguém no meio do caminho. Quer vir comigo? Vem! Quer ficar? Não tem problema, eu continuo sozinha. Não tenho medo de mim, tenho medo de você que pode me perder e nem sabe. Porque enquanto você é interrogação eu sou palavra! Enquanto você é a indecisão, eu sou sentimento!


*Ego ou Eu é o centro da consciência, é a soma total dos pensamentos, idéias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais. É a parte mais superficial do indivíduo, a qual, modificada e tornada consciente, tem por funções a comprovação da realidade e a aceitação, mediante seleção e controle, de parte dos desejos e exigências procedentes dos impulsos que emanam do indivíduo. (Segundo Freud – em http://leituradiaria.com.br/?p=541)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Apenas Dance...


E porque a vida parou?
Vem caia na dança, solte esse corpo e se entregue ao ritmo que a vida lhe impõe.
Vem desligue o celular e escute a vida te chamando pra cair na dança
Vem siga em frente, enfrente as dificuldades, vem se solta...
Vem dançar comigo!
Me pegue pela cintura e se embale no ritmo da música.
Sinta meu perfume e veja meu cabelos se balançarem no ritmo da música que a vida toca em nossa cabeça...Aquela que nos guia e nos faz bem....Que nos faz sorrir....
Vem tire os sapatos, livre-se da cara amarrada e se jogue...
Dois prá lá, dois pra cá...
Um rodopio e um sorriso.... Isso mesmo meu bem....
Se eu tropeçar ria comigo...
Podemos até cantar como se ninguém escutasse, como se todos os vizinhos fossem surdos....
Sorria pra mim... dance pra mim... dance comigo
Dance comigo até anoitecer... Dance comigo até amanhecer... Dance comigo pela vida inteira....
E no fim sorria por estar feliz, sorria por viver como se nada importasse...
Sorria porque isso é o melhor que podemos fazer...
Quanto a vida? Deixa que ela continue no seu ritmo....

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Voltando!

"Quantas vezes eu tentei fugir, quantas vezes eu não disse nada, quantas vezes tive medo de tentar, disseram que eu preciso me encontrar... No dia em que eu soltar meu coração, pode ser que seja assim!"(Pode ser que seja assim - Monique Kessous)

Procurava por todos os lados, como quem procura desesperadamente por algo que lhe confortasse. Nada lhe fazia se sentir melhor, nada que visse a fazia se sentir bem. Já sabia que o tempo e a transformação para a vida adulta (que lhe fora imposta) tinham lhe dado um jeito meio frio e distante e um olhar mais cansado, mas ela ainda não tinha desistido de desejos de menina e que se transformaram assim como ela.
Procurava nos olhos mais distantes, nas frases mais ausentes, nos pedidos mais abusados uma resposta que não sabia qual era. Uma resposta muda, que seu coração pedia e ela não sabia onde encontrar.
Entre os pedidos incessantes do seu coração e a intensa vontade em encontrar essa resposta, ela se deparou com algo que não era a resposta que ela procurava, mas parecia ser um caminho para ela.
Um olhar e um sorriso no meio da multidão e uma estranha sensação. Era como se derrepente tudo ficasse mais leve. Ele sorriu tímido ao perceber que ela lhe olhava e ela rapidamente olhou para baixo, se escondendo entre os cabelos longos, escondendo também o tom avermelhado que tomou conta de seu rosto.
Não sabia dizer se aquela era a resposta que tanto procurava, mas apenas tinha a certeza que aquele gesto lhe fazia bem. E que naqueles olhos havia mais do que ela podia imaginar, aliás ela não imaginava, apenas sentia pequeno dentro de seu peito, sem muito alarde, nem muita ilusão, apenas sentia algo que parecia nascer, forte e pequeno no seu coração.
No que se transformaria não sabia dizer, pois naquele instante seus coração pedia-lhe apenas: viva!

domingo, 10 de maio de 2009

Voltando...

Queridos...

Estamos voltando!!! =)

Enquanto os textos não estão prontos, deixo para vocês um vídeo de uma música linda e que reflete muito do meu momento...

Bjinhos a todos

http://www.youtube.com/watch?v=t3rvBdE69UI

(Gente desculpa mas ainda não aprendi a postar os vídeos certinhos... uahsuah)

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Informando

Apenas uma informação...

o conto abaixo rendeu muitos comentários por msn...

Só gostaria de deixar claro que isso não aconteceu, que não é real.... Como disse a algumas pessoas a muito tempo deixei de escrever sobre mim ou coisas que aconteceram comigo...

O conto nasceu depois que eu assisti o filme Moulin Rouge... e fiquei pensando no ato de traição em si...

ok queridos?!

bjinhos e em breve novos textos....

e quando eu for escrever algo que tenha a ver comigo, eu deixo bem explícito... hehe

bjo

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Conto da traição

“(...) Você não se importa se isso é errado ou certo (...) Os olhos dele em seu rosto, as mãos dele nas suas, os lábios dele acariciando sua pele...” (El Tango de Roxanne - do filme Moulin Rouge)
Conto da traição

Não dá pra dizer como começou. Foram os olhares, as conversas, os toques... Um sentimento nascia sem querer... Inevitável... Ela sabia da existência de um obstáculo, ele parecia às vezes esquecer.
Ela sentia-se envolvida cada vez mais, ele sedutor e obstinado... Ela não o tirava da cabeça, ele a desejava.
Conversas de duplo sentido, convites em forma de brincadeira e assim esse sentimento foi tomando forma: tornou-se uma paixão arrebatadora. Daquelas que cega, faz as mão suarem, seca a garganta e deixa sem rumo.
Um dia a vontade de estar juntos chegou a um absurdo tão grande, que não resistiram. Mesmo sabendo que aquilo era um erro, se entregaram a esse sentimento. E tão lindo foi sentir os lábios tocarem, as mão se acariciarem, os olhos se encontrarem... Um mágico momento, sedução e paixão se encontravam, e então, se libertavam.
Sabiam que de certa forma era errado, mas a paixão, o coração falava mais alto. Não tinham como evitar. E quanto ao obstáculo, esse continuava sem saber de nada, protegido pela sua inocência e um falso tom de confiança. Se ela supunha uma traição, sabia como esconder tal dúvida. E eles, amantes, cada vez mais pertos e mais fortes. Cada vez mais entregues, apaixonados.
Por mais que ele publicamente falasse que amava o “obstáculo” existente, era no ouvido dela (a outra) que ele contava seus desejos mais secretos. Ele pode muitas vezes sonhar com ela, mas é em outra cama que ele dorme. Na cama dela! E porque ele fazia isso? Talvez pela entrega, talvez para apenas se sentir mais homem ou porque não por amor? Ninguém pode dizer, julgar ou chegar a uma conclusão, apenas havia algo forte o suficiente para permitir esse desejo.
Mas quem está errado? Ninguém, talvez. Porque nas duas situações existe sentimento. Diferentes, verdadeiros ou não, mas existem! Um doce, o outro mais intenso, mas ambos belos, mesmo com conseqüências às vezes, doloridas ou deveras fatais.
E assim, eles amantes, dormem abraçados, desfrutam de momentos únicos e secretos. E ela, que pode ser vista ao lado dele, desfruta de uma solidão consentida, sofre de saudade pela distancia do seu amado, enquanto ele anda sendo bem cuidado, mas é perturbado pela indecisão: escolher a inocência daquela que diz amar, da qual a doçura o encanta ou então se deliciar aos venenos daquela mulher de escorpião, que lhe proporciona sentir o paraíso, acompanhado de outras deliciosas sensações, às vezes, indescritíveis...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Dominus

*Antes do início do texto apenas uma explicação sobre a palavra Dominus. Ela significa Senhor/ Dono em Latim!

Dominus


Que poder é esse? Que faz te falhar a memória, que faz suas lembranças desaparecerem em segundos, que te entontece só num olhar, que te causa arrepios em apenas um toque...

Você se sente preso de uma maneira irremediável, e o pior: quer estar preso cada vez mais! Loucura, tentação... Não consegue e nem pode fugir e muito menos, definir!...

Sabe de tudo que lhe rodeia, o que o persegue, sabe do que ele é capaz de fazer, mas mesmo assim, você se dobra, se curva e por fim : Sou teu meu senhor, meu dono! Me tem em suas mãos, já tens a mim e ao meu coração...

Mas até onde seguir esse sentimento, que te diz o que fazer, que te pede pra fazer e ao mesmo tempo te impede. Que te para, e ao mesmo tempo te cega, te arranca do chão, te leva às alturas. Leva-te ao inferno e ao mesmo tempo te proporciona sentir o paraíso. Loucura, desejo, amor, traição... até onde ir?

Aquilo que te prende e ao mesmo tempo te liberta ou, quem sabe, seja o caminho para essa tal libertação. Aquilo que te domina e te completa. Incendeia e enlouquece. Deixa-te sem rumo.
O que fazer? O corpo pede entrega, o coração pede amor!

Aquele sentimento que entra em seu corpo sem você perceber e te domina... Como veneno te toma, quando você se dá conta é tarde demais... Perdeu!! Você está dominado.

E esse alguém, homem ou mulher, te tem sob seu poder, tem sua alma e te enlouquece. Este se torna teu dono. E mesmo sem ele perceber você está lá, de corpo e alma, entregue a sorte e a um sentimento inexplicável... Um sentimento que causa medo e arrepios e ao mesmo tempo te faz sentir o mais sublime dos seres, e às vezes, você sente que pode até voar!

sábado, 31 de janeiro de 2009

Impulso

“Pois você sabe que eu andaria mil milhas se eu apenas pudesse te ver esta noite” (A Thousand Miles- Vanessa Carlton)

Vou pegar meu carro e me largar pela estrada...
Sentir o vento no rosto e ver o velocímetro correndo.
Cada vez mais rápido.
Cruzo estradas, espaços, perco tempo.
Correndo como flecha.
Correndo atrás do alvo.
Se ele estará no mesmo lugar? Pouco importa.
Eu sei desviar, sei fazer curvas.
Eu vou cada vez mais rápido.
E tenho a certeza de que a distancia diminui e ao mesmo tempo, me acompanha.
Vou atrás do que me delicia. Do que me instiga.
Do que me tira o sono. Do que me faz transpirar...
O sol está se pondo,
E ainda tenho alguns quilômetros a percorrer.
E vôo. Cada vez mais rápido. Cada vez mais ansiosa.
Sinto a adrenalina nas minhas veias.
Uma sensação de poder e leveza.
Se ele estará lá? Não sei!
Vejo as luzes da cidade ao longe...
Acelero cada vez mais.
Começo então a percorrer as ruas daquela cidade.
Fria e pacata.
Chego ao meu destino.
Toco a campainha.
Ele está lindo.
E sorri surpreso com minha visita.
Entro.
E o fim?
O mais belo amanhecer nos braços daquele que amo!

*Desculpem pela demora nas atualizações... Mas aguardem... ainda nessa semana teremos um novo texto intitulado: "Dominus"... Beijos!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Desculpas...

Meus amores...

Me desculpem pela falta de atualização deste blog, mas os motivos são justos.

Primeiramente me mudei de Ponta Grossa para Irati, depois meu quarto passou por uma reforma e eu fiquei sem internet e computador (onde estão todos os textos e fotos) e por último consegui um emprego....

Bons motivos não?!

Logo retorno com novidades e textos fresquinhos!

Um chero!!

Beijo me liga! ;)

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Saudades...



Quanto mais a vida passa, quanto mais aprendemos, quanto mais amadurecemos, parece que mais sentimos saudades. Saudades da época em que éramos crianças e que não tínhamos preocupações, apenas nos preocupávamos em brincar. Saudades da adolescência com nossas “neuras” e descobertas ( e quantas descobertas!). Saudades de um dia com os amigos, onde você simplesmente não fez nada, mas marcou porque simplesmente estar na companhia deles, bastava. Saudades de um pôr-do-sol, saudades de um perfume, saudades de um beijo...

Sentimos saudades de bichos de estimação que tivemos, até mesmo de objetos, e é claro, sentimos saudades de pessoas, tanto aquelas que marcaram nossa vida ou até mesmo aquelas que “pegaram um atalho” que cruzava o nosso caminho.

E assim crescemos sempre sentindo saudades de algo ou alguém. Eu mesma, sinto saudades de muitas coisas (muitas mesmo) e achava que ninguém sentia a minha falta. E no mesmo dia em que pensei nisso, fui acordada por uma mensagem no celular ( o famoso SMS).

Não era nada de extenso, nem cheio de palavras bonitas, nem mesmo era a operadora falando que eu tenho que colocar crédito no meu celular... Mas sabe me fez pensar muito, sem falar que ainda parecia uma resposta a indagação que fiz (a mim mesma) antes de durmir: Será que alguém sente saudades de mim?

Quer saber o que dizia na mensagem?

Dizia simplesmente: Saudade.

E que saber: eu também sinto saudades!

sábado, 10 de janeiro de 2009

Sentimento

Coração apertado, pronto para explodir. O porquê não sabe definir... Incompleta talvez seja o mais razoável. Telefones que não tocam, mensagens que não retornam. Sente falta de tudo. Um abraço, um carinho, um sorriso, em elogio. Sente saudade dos olhares, dos arrepios, das sensações que só os privilegiados sentem. Já sentira isso antes, mas agora sentia saudades, mas de quem? Aí estava a indagação mais adequada.

Ela não podia conter o imenso vazio e a solidão que sentia. Enquanto tantos tinham sempre alguém para lembrá-los de quanto eles eram especiais e de como faziam falta, ela já havia aprendido a não esperar de imediato, ouvir isto. Enquanto tantos têm alguém que liga sem razão especial alguma, o telefone dela só toca se for alguém dizendo que foi engano.
Enquanto muitos têm para quem olhar antes de dormir, ela já decorou quantas rachaduras há na parede. Enquanto alguns acordam com um carinho ou um beijo, ela acorda com o irritante barulho do despertador. Enquanto alguns têm um colo para recostar a cabeça, ela tem que mantê-la sempre erguida, não importa a situação e pelo que esteja passando.

O pior, ela não entende porque isso acontece e se culpa quando algo não dá certo. Já tentaram convencê-la de que, às vezes, algumas relações não vingam e que isso faz parte da vida. Já disseram que ela deveria esperar e não procurar. Foi o que ela fez, decidiu esperar... E ainda espera... Com olhar ansioso, coração apertado e uma vontade de viver intensamente todos seus desejos, seus sentimentos. Falta-lhe apenas um par.

Alguém que lhe entenda, lhe complete e respeite. Alguém que saiba sem perguntar o que ela pensa ou sente. Alguém que apenas saiba do que ela precisa. Alguém disposto a viver tudo que um sentimento causa nos corações das pessoas. Não é alguém perfeito, mas alguém que lhe deixe de pernas bambas, com um frio na barriga e com aquele brilho nos olhos, sabe ‘aquele’ brilho.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

“Estamos indo de volta pra casa” (Renato Russo)

Quem nunca passou por momentos difíceis, que atire a primeira pedra. Eu estou vivendo um dos piores (eu diria) da minha vida. Sim, muitos depois de lerem esse texto vão dizer: “mas tem gente em situação pior”. Sim, tem... Mas pra mim, esse momento (deve ser meu inferno astral, não é possível!) tem me deixado sem forças.

Hoje mesmo, vim da minha última aula da faculdade. Que bom, ultima aula, está acabando... Mas sabe, logo pensei: como serão os meus dias sem ver toda aquela galera, sem ver os professores, sem ter com quem conversar através de bilhetinhos nas aulas chatas, sem os estresse com provas finais, trabalhos a serem entregues. Os cafés nos intervalos, os risos, tudo, absolutamente tudo. Até do vento dessa cidade vou sentir falta. Mas não é só isso que me entristece...

Tenho um medo enorme dentro do peito. Um novo mundo se abre, um novo ciclo se inicia. E eu, que não sou mais a mesma, volto ao meu início. Volto pra minha terra. E tenho medo. Exatamente por não ser a mesma, e por saber que tudo por lá também mudou em quatro anos. Meus amigos mudaram, as pessoas mudaram, eu mudei. E tenho que mostrar que não sou mais a mesma.

Aquela menininha, que saiu com seus 17 anos de casa, que não gostava de maquiagem, que usava aquele cabelo ao meio, e se vestia conforme seu humor, hoje é uma pseudo-mulher, que anda de salto, que não sai de casa sem maquiagem, que mudou seus conceitos (e pré-conceitos) e que agora tem seu cabelo com uma franja “de ladinho”.

Volto sem cumprir muitas promessas que me fiz ao sair de casa: emagrecer, trabalhar e arranjar um namorado. Continuo sozinha, sempre sozinha. E tive minhas decepções: grandes, médias e perfeitas. Sim, perfeitas! Aquelas que mesmo acabando, nos fazem sorrir, porque temos um amigo... Alguém que divide sonhos, angustias e textos.

Tenho amigos dos quais jamais esquecerei, e que com certeza vou me lembrar todos os dias, e quando ficar mais velha, contarei nossas peripécias aos meus netos. Farei novos amigos (espero), e terei mais histórias e estas formaram a minha vida, serão a minha história. Hoje, com um aperto muito grande, começo o fim de um ciclo.

Chorei muito, chorei até incharem os olhos. Chorei de saudade, de dor, de desespero, de tristeza. Tive crises existenciais, de riso, de choro. Tive noites mal dormidas e noites em claro. Superei-me. Tenho uma coleção de textos. Tenho idéias mirabolantes e tenho sonhos, muitos sonhos ainda.

Aquela menina, agora tem muitas histórias, uma alma melhor, conhecimento, curiosidade, e olhos borrados pelas lágrimas. E um dia vai ter sua varanda, com suas memórias e outras histórias a contar.

Aonde vou parar? Não sei... Só sei que há muitos ciclos a se fecharem e muitos pra começarem. Se vou fazer isso sozinha? Não sei! Se vou chorar? Talvez! Se vou ser feliz? Isso sempre! Com toda certeza de uma pseudo-mulher, com alma de menina, que agora olha pra um futuro incerto e caminha com medo, a passos lentos, com coração acelerado, iniciando assim, um novo ciclo.

Arrumo as malas... vou partir daqui a pouco!

domingo, 4 de janeiro de 2009

É charme!

Quem olha logo pensa: doce e frágil... Belo engano! Não percebes que isso é apenas charme? Desculpa dizer isso, mas te enganei...


Quando me beijas e eu rio, é puro charme... Qualidade que se torna arma de sedução...Faço jeito, tipos, olhares...Sou maliciosa, mas você não nota...Enquanto isso me beija, me morde, me arranha....


Charme usado pra esconder que tudo o que você faz me desalinha, me derruba... Este jeito que tuas mãos me tocam.... Como elas me afagam, como se ajeitam em torno da minha cintura.... O jeito como me pegam pelo pescoço.... O jeito que elas percorrem meu corpo, tentando decifrar cada detalhe...


Às vezes penso que se pudesse, levaria um pedaço de mim.... Não demora a confirmar isso!! Até meu perfume te encanta e te chama pra perto do meu pescoço... meu ponto fraco.... E você não se contenta apenas com ele... orelhas, nuca...


Não sei o que mais chama atenção: meu charme de menina inocente ou tua sinceridade descarada, e talvez, mentirosa...


Teu jeito de menino distraído e aventureiro é demais pra mim, a garota certinha e cheia de caminhos traçados e planejados! Não lembras da noite anterior... Não lembras que me fitou, me elogiou, mas não obteve êxito... Aquela saída e aquele beijo lançado ao ar, foram apenas charme...
E na noite seguinte te encontro...


Mas de onde você surgiu? Como me encontrou no meio daquela multidão? E mais, porque eu?
Pensando bem prefiro nem saber... Desde que você continue a me beijar... Desde que essa mão – que às vezes me cansa - esteja em volta da minha cintura...

“- Do que você está rindo?”
“- É charme!”