sábado, 31 de janeiro de 2009

Impulso

“Pois você sabe que eu andaria mil milhas se eu apenas pudesse te ver esta noite” (A Thousand Miles- Vanessa Carlton)

Vou pegar meu carro e me largar pela estrada...
Sentir o vento no rosto e ver o velocímetro correndo.
Cada vez mais rápido.
Cruzo estradas, espaços, perco tempo.
Correndo como flecha.
Correndo atrás do alvo.
Se ele estará no mesmo lugar? Pouco importa.
Eu sei desviar, sei fazer curvas.
Eu vou cada vez mais rápido.
E tenho a certeza de que a distancia diminui e ao mesmo tempo, me acompanha.
Vou atrás do que me delicia. Do que me instiga.
Do que me tira o sono. Do que me faz transpirar...
O sol está se pondo,
E ainda tenho alguns quilômetros a percorrer.
E vôo. Cada vez mais rápido. Cada vez mais ansiosa.
Sinto a adrenalina nas minhas veias.
Uma sensação de poder e leveza.
Se ele estará lá? Não sei!
Vejo as luzes da cidade ao longe...
Acelero cada vez mais.
Começo então a percorrer as ruas daquela cidade.
Fria e pacata.
Chego ao meu destino.
Toco a campainha.
Ele está lindo.
E sorri surpreso com minha visita.
Entro.
E o fim?
O mais belo amanhecer nos braços daquele que amo!

*Desculpem pela demora nas atualizações... Mas aguardem... ainda nessa semana teremos um novo texto intitulado: "Dominus"... Beijos!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Desculpas...

Meus amores...

Me desculpem pela falta de atualização deste blog, mas os motivos são justos.

Primeiramente me mudei de Ponta Grossa para Irati, depois meu quarto passou por uma reforma e eu fiquei sem internet e computador (onde estão todos os textos e fotos) e por último consegui um emprego....

Bons motivos não?!

Logo retorno com novidades e textos fresquinhos!

Um chero!!

Beijo me liga! ;)

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Saudades...



Quanto mais a vida passa, quanto mais aprendemos, quanto mais amadurecemos, parece que mais sentimos saudades. Saudades da época em que éramos crianças e que não tínhamos preocupações, apenas nos preocupávamos em brincar. Saudades da adolescência com nossas “neuras” e descobertas ( e quantas descobertas!). Saudades de um dia com os amigos, onde você simplesmente não fez nada, mas marcou porque simplesmente estar na companhia deles, bastava. Saudades de um pôr-do-sol, saudades de um perfume, saudades de um beijo...

Sentimos saudades de bichos de estimação que tivemos, até mesmo de objetos, e é claro, sentimos saudades de pessoas, tanto aquelas que marcaram nossa vida ou até mesmo aquelas que “pegaram um atalho” que cruzava o nosso caminho.

E assim crescemos sempre sentindo saudades de algo ou alguém. Eu mesma, sinto saudades de muitas coisas (muitas mesmo) e achava que ninguém sentia a minha falta. E no mesmo dia em que pensei nisso, fui acordada por uma mensagem no celular ( o famoso SMS).

Não era nada de extenso, nem cheio de palavras bonitas, nem mesmo era a operadora falando que eu tenho que colocar crédito no meu celular... Mas sabe me fez pensar muito, sem falar que ainda parecia uma resposta a indagação que fiz (a mim mesma) antes de durmir: Será que alguém sente saudades de mim?

Quer saber o que dizia na mensagem?

Dizia simplesmente: Saudade.

E que saber: eu também sinto saudades!

sábado, 10 de janeiro de 2009

Sentimento

Coração apertado, pronto para explodir. O porquê não sabe definir... Incompleta talvez seja o mais razoável. Telefones que não tocam, mensagens que não retornam. Sente falta de tudo. Um abraço, um carinho, um sorriso, em elogio. Sente saudade dos olhares, dos arrepios, das sensações que só os privilegiados sentem. Já sentira isso antes, mas agora sentia saudades, mas de quem? Aí estava a indagação mais adequada.

Ela não podia conter o imenso vazio e a solidão que sentia. Enquanto tantos tinham sempre alguém para lembrá-los de quanto eles eram especiais e de como faziam falta, ela já havia aprendido a não esperar de imediato, ouvir isto. Enquanto tantos têm alguém que liga sem razão especial alguma, o telefone dela só toca se for alguém dizendo que foi engano.
Enquanto muitos têm para quem olhar antes de dormir, ela já decorou quantas rachaduras há na parede. Enquanto alguns acordam com um carinho ou um beijo, ela acorda com o irritante barulho do despertador. Enquanto alguns têm um colo para recostar a cabeça, ela tem que mantê-la sempre erguida, não importa a situação e pelo que esteja passando.

O pior, ela não entende porque isso acontece e se culpa quando algo não dá certo. Já tentaram convencê-la de que, às vezes, algumas relações não vingam e que isso faz parte da vida. Já disseram que ela deveria esperar e não procurar. Foi o que ela fez, decidiu esperar... E ainda espera... Com olhar ansioso, coração apertado e uma vontade de viver intensamente todos seus desejos, seus sentimentos. Falta-lhe apenas um par.

Alguém que lhe entenda, lhe complete e respeite. Alguém que saiba sem perguntar o que ela pensa ou sente. Alguém que apenas saiba do que ela precisa. Alguém disposto a viver tudo que um sentimento causa nos corações das pessoas. Não é alguém perfeito, mas alguém que lhe deixe de pernas bambas, com um frio na barriga e com aquele brilho nos olhos, sabe ‘aquele’ brilho.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

“Estamos indo de volta pra casa” (Renato Russo)

Quem nunca passou por momentos difíceis, que atire a primeira pedra. Eu estou vivendo um dos piores (eu diria) da minha vida. Sim, muitos depois de lerem esse texto vão dizer: “mas tem gente em situação pior”. Sim, tem... Mas pra mim, esse momento (deve ser meu inferno astral, não é possível!) tem me deixado sem forças.

Hoje mesmo, vim da minha última aula da faculdade. Que bom, ultima aula, está acabando... Mas sabe, logo pensei: como serão os meus dias sem ver toda aquela galera, sem ver os professores, sem ter com quem conversar através de bilhetinhos nas aulas chatas, sem os estresse com provas finais, trabalhos a serem entregues. Os cafés nos intervalos, os risos, tudo, absolutamente tudo. Até do vento dessa cidade vou sentir falta. Mas não é só isso que me entristece...

Tenho um medo enorme dentro do peito. Um novo mundo se abre, um novo ciclo se inicia. E eu, que não sou mais a mesma, volto ao meu início. Volto pra minha terra. E tenho medo. Exatamente por não ser a mesma, e por saber que tudo por lá também mudou em quatro anos. Meus amigos mudaram, as pessoas mudaram, eu mudei. E tenho que mostrar que não sou mais a mesma.

Aquela menininha, que saiu com seus 17 anos de casa, que não gostava de maquiagem, que usava aquele cabelo ao meio, e se vestia conforme seu humor, hoje é uma pseudo-mulher, que anda de salto, que não sai de casa sem maquiagem, que mudou seus conceitos (e pré-conceitos) e que agora tem seu cabelo com uma franja “de ladinho”.

Volto sem cumprir muitas promessas que me fiz ao sair de casa: emagrecer, trabalhar e arranjar um namorado. Continuo sozinha, sempre sozinha. E tive minhas decepções: grandes, médias e perfeitas. Sim, perfeitas! Aquelas que mesmo acabando, nos fazem sorrir, porque temos um amigo... Alguém que divide sonhos, angustias e textos.

Tenho amigos dos quais jamais esquecerei, e que com certeza vou me lembrar todos os dias, e quando ficar mais velha, contarei nossas peripécias aos meus netos. Farei novos amigos (espero), e terei mais histórias e estas formaram a minha vida, serão a minha história. Hoje, com um aperto muito grande, começo o fim de um ciclo.

Chorei muito, chorei até incharem os olhos. Chorei de saudade, de dor, de desespero, de tristeza. Tive crises existenciais, de riso, de choro. Tive noites mal dormidas e noites em claro. Superei-me. Tenho uma coleção de textos. Tenho idéias mirabolantes e tenho sonhos, muitos sonhos ainda.

Aquela menina, agora tem muitas histórias, uma alma melhor, conhecimento, curiosidade, e olhos borrados pelas lágrimas. E um dia vai ter sua varanda, com suas memórias e outras histórias a contar.

Aonde vou parar? Não sei... Só sei que há muitos ciclos a se fecharem e muitos pra começarem. Se vou fazer isso sozinha? Não sei! Se vou chorar? Talvez! Se vou ser feliz? Isso sempre! Com toda certeza de uma pseudo-mulher, com alma de menina, que agora olha pra um futuro incerto e caminha com medo, a passos lentos, com coração acelerado, iniciando assim, um novo ciclo.

Arrumo as malas... vou partir daqui a pouco!

domingo, 4 de janeiro de 2009

É charme!

Quem olha logo pensa: doce e frágil... Belo engano! Não percebes que isso é apenas charme? Desculpa dizer isso, mas te enganei...


Quando me beijas e eu rio, é puro charme... Qualidade que se torna arma de sedução...Faço jeito, tipos, olhares...Sou maliciosa, mas você não nota...Enquanto isso me beija, me morde, me arranha....


Charme usado pra esconder que tudo o que você faz me desalinha, me derruba... Este jeito que tuas mãos me tocam.... Como elas me afagam, como se ajeitam em torno da minha cintura.... O jeito como me pegam pelo pescoço.... O jeito que elas percorrem meu corpo, tentando decifrar cada detalhe...


Às vezes penso que se pudesse, levaria um pedaço de mim.... Não demora a confirmar isso!! Até meu perfume te encanta e te chama pra perto do meu pescoço... meu ponto fraco.... E você não se contenta apenas com ele... orelhas, nuca...


Não sei o que mais chama atenção: meu charme de menina inocente ou tua sinceridade descarada, e talvez, mentirosa...


Teu jeito de menino distraído e aventureiro é demais pra mim, a garota certinha e cheia de caminhos traçados e planejados! Não lembras da noite anterior... Não lembras que me fitou, me elogiou, mas não obteve êxito... Aquela saída e aquele beijo lançado ao ar, foram apenas charme...
E na noite seguinte te encontro...


Mas de onde você surgiu? Como me encontrou no meio daquela multidão? E mais, porque eu?
Pensando bem prefiro nem saber... Desde que você continue a me beijar... Desde que essa mão – que às vezes me cansa - esteja em volta da minha cintura...

“- Do que você está rindo?”
“- É charme!”