domingo, 25 de dezembro de 2011

Sem parar

Eu não sei ao certo, mas acho que nunca sei o que quero... Me divirto com o improvável e me contento com o simples, mas ao mesmo tempo almejo algo grande, tenho o instinto de sempre querer mais, de ir além... de entender, de traduzir, de decifrar...

Eu sempre quero mais... e sem querer exijo demais. Me torturo assim, buscando sempre esse mais...

Deixo de acreditar no que é visível, não arrisco, nem me entrego. Fecho a cara, apresso o passo, e esqueço... do que era útil, essencial, do que estava ali...

E então eu corro, eu busco, eu procuro entender como cheguei até ali... volto a me divertir com o improvável e a me contentar com o simples, mas sempre almejo algo maior...

Ciclo vicioso... Inevitável!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Loucuras à parte, mas amor para toda vida

Quem nunca se viu perdido no meio de uma enxurrada de sentimentos? Quem nunca tentou se salvar de morrer sufocado pelo tanto que sentia? Amor, desejo, paixão... Quando se fala de sentimentos não há muito que se explicar, às vezes não há o que dizer, não há o que escrever... Fica-se atônito diante de tanto que o coração passa, de tanto que ele leva pelo nosso corpo, de tudo que ele demonstra no nosso olhar, na nossa fala, na nossa pele...

A paixão perpassa os nossos sentidos, a nossa alma. O amor nos constrói, nos arma, nos amadurece... Mas ambos nos enlouquecem...

Quem nunca perdeu o tino ou o senso de responsabilidade com uma paixão em demasia, daquelas que nos tornam qualquer pessoa, menos nós mesmas? Quem nunca amou intensamente a ponto de esquecer-se de quem se é, de perder o chão e o senso de direção?

Quem nunca se viu alucinado, fissurado num amor incontestável, palpável que nos leva ao paraíso. Quem nunca concluiu que teve como maior loucura na vida o fato de amar alguém... Quem nunca criou asas, se tornou imortal apenas por nutrir dentro de si esses sentimentos...

E quem se perdeu e enlouqueceu quando de repente esses sentimentos deixam de existir, ganham um fim nem sempre consensual... Quando essa loucura ganha força e o desespero vêm lhe fazer companhia...

Quem nunca chorou por perder um amor ou uma paixão?

A gente se debruça no travesseiro e o encharca de lágrimas, a gente revê fotos, relembra momentos, parece parar de respirar por alguns instantes... Se sente morto, incompleto, perdido... Acaba aquela vivacidade, aquela energia... A gente pára, repensa, espera o tempo passar...

E então se levanta. Segue. Volta a viver, mesmo com aquela sensação de estar incompleto. Mas não se preocupe. O amor, esse bandido, está pronto para nos assaltar e tomar posse do nosso coração em qualquer esquina, em qualquer novo sorriso ou qualquer velho abraço. E toda essa loucura volta a acontecer, essa intensidade nos toma o corpo e a gente volta a desejar que ela dure para sempre...

(Mais uma sugestão de tema que deu certo, ou quase... )