Eu não nasci para ser perfeita... Eu nasci para ser humana... Humana mesmo!. Que vive, convive, erra, acerta e que sente. Não sou perfeita, ao contrário, sou imperfeita... no modo como falo, no jeito como ando, na forma como levo minha vida ou como calço meus sapatos. Tenho um número expressivo e colossal de imperfeições. Tenho as imperfeições do gênero, número e grau... Tenho as imperfeições de um abraço que fala, de um olhar que cala, de uma mão que acaricia. Tenho as imperfeições das cores, das formas, do traçado. Sou como uma criança aprendendo a escrever ou a calcular: com o lápis ela escreve o que acha certo, e se não for, ela apaga com a borracha e, quando de tanto errar a folha fica desgastada demais, ela a arranca ou simplesmente vira a página.
Eu me permito errar e sempre disse que sou uma eterna aprendiz. E sou! Nunca vou entender algumas meias palavras, bem como nem sempre vou entender um simples olhar de socorro. Às vezes vou achar que entendo e bem no fim não era o que eu pensava... e assim eu vou ERRAR. Constantemente, dia-a-dia... Eu vou ERRAR. Muitos consideram essa uma palavra forte demais, enquanto outros garantem que admitir qualquer erro é uma experiência temerosa e dolorosa...
Mas eu aprendi a conviver com isso, e o principal, aprendi a me aceitar, entender que eu erro e por fim me perdoar. Eu sou sentimento, sempre afirmei isso. E por isso eu sempre vou errar, porque nos sentimentos não há exatidão. Os sentimentos, principalmente o amor, nos levam muitas vezes a errar, mas da mesma forma ele nos permite perdoar, ele nos permite que nos aceitemos... Só quando nos damos conta disso, é que passamos a entender os outros. Por isso desejo que todos vocês sejam imperfeitos na sua perfeição!
(Cíntia Synderski)
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