Ver o tempo passar. É difícil
quando - por algum motivo, razão ou circunstância - se é obrigado
a isso, afinal ter tempo para pensar um pouco na vida, nos sentimentos e
nas confusões atualmente é uma raridade. Mas essa se torna às vezes, uma tarefa
não tão prazerosa.
Em momentos assim, a gente se
dá conta do quanto evoluiu, mas também relembra fatos e causos que marcaram de maneira dolorida e,
por ora, mortal.
Hoje parei para pensar um
pouco na vida e descobri que não tenho
medo do que passou e nem do que ainda nem chegou. Eu tenho mais segurança e sei
que cada passo deve ser firme e com um objetivo. Também não tenho mais medo de
cair, meu único medo é me perder de mim.
Esse talvez seja o meu maior
medo. Isso porque levei anos para me reencontrar, para me ver de novo como eu
realmente sou. Aceitar-me e estabelecer uma parceria entre eu e eu mesma. Criar
um vínculo até então desfeito.
E assim permitir que os outros
me vejam como eu sou, sem precisar me adaptar, nem mesmo incorporar uma
camaleoa. Deixar minha alma nua e um sorriso estampado que retrata a leveza em
que me encontro. Bebo mais um gole do meu cappuccino e agradeço em pensamento
por finalmente ter me (re)encontrado.
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