Dia dos namorados... tá aí um dia
que eu gosto no ano. E não, eu não estou namorando. Aposto que já tem alguns me
chamando de louca por ai, mas eu explico... Eu gosto do dia dos namorados
porque mesmo solteira tem um prato mais elaborado e um bom vinho para o jantar.
E tem até presentinho. Comprei com carinho e mandei embrulhar no pacote mais
bonito. Saí sorridente da loja, confiante de que comprei o presente certo.
Fiz questão de passar no
mercado, e independente do valor da minha conta bancária, eu comprei bons
ingredientes para o prato especial da noite. E o vinho também, é claro. Fiz
questão de procurar uma receita diferente e de preparar eu mesma o jantar.
Tomei banho, fiquei linda, e
servi a comida, em uma mesa arrumada e com velas, além daquela playlist que eu
tanto gosto. Me deliciei com o jantar, pensei um pouco na vida, ri da minha
bobeira, terminei a noite na sacada, sentindo o vento frio e degustando uma
última taça de vinho e na melhor companhia que eu tenho e que de certa forma eu
amo.
Estive na companhia de alguém
que eu aprendi a compreender, a respeitar e a entender... com a companhia que,
atualmente, mais merece minha atenção e meu cuidado. Minha melhor companhia sou
eu mesma. E solteiros desse mundo não venham dizer que isso é chato. Pelo
contrário, prefiro a minha companhia a ficar chorando agarrada num pote de
brigadeiro, de tomar um porre estrondoso e não lembrar de nada no outro dia, de
chorar pelo ex que as vezes não é tão ex
assim, ou por aquele canalha que não te assume.
Vamos assumir solteiros desse
mundo: nós também queremos um parzinho. Na verdade é do ser humano desejar um
par para ficar até o fim de suas vidas, ter filhos, uma casa e um sorriso ao
acordar. A diferença está em como agimos em relação a solteirice. Tem gente que
se descabela, joga para todos os lados, porque não se vê sozinho e se amarra no
primeiro que aparece... Tem gente que convive com aquelas tias que perguntam quando vai desencalhar... tem gente que chega a
duvidar da sexualidade da pessoa, e tem tanta coisa.
A diferença está em como se
encara isso, e principalmente, em como se convive com a solteirice no dia dos
namorados onde o amor parece surgir de todos os lados, acompanhados de casais
apaixonados e sorridentes pela rua que parecem mais é esfregar na sua cara que
eles sim, é que são felizes... Por isso, para se evitar qualquer constrangimento
desnecessário, eu prefiro ficar em casa, acompanhada da minha consciência,
exercendo o amor por mim mesma, aquele que chamam de amor próprio, até o dia eu
que eu encontre alguém que queira me amar mais do que eu mesma...Só por hoje eu deixo os namorados aproveitarem o seu dia, enquanto eu aproveito os outros 364 do ano... Ah, e quanto ao presente, só posso dizer que aquela bolsa que eu namorei por semanas na vitrine daquela loja, hoje está andando nos meus braços...
Feliz dia dos namorados!