segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Conto da traição

“(...) Você não se importa se isso é errado ou certo (...) Os olhos dele em seu rosto, as mãos dele nas suas, os lábios dele acariciando sua pele...” (El Tango de Roxanne - do filme Moulin Rouge)
Conto da traição

Não dá pra dizer como começou. Foram os olhares, as conversas, os toques... Um sentimento nascia sem querer... Inevitável... Ela sabia da existência de um obstáculo, ele parecia às vezes esquecer.
Ela sentia-se envolvida cada vez mais, ele sedutor e obstinado... Ela não o tirava da cabeça, ele a desejava.
Conversas de duplo sentido, convites em forma de brincadeira e assim esse sentimento foi tomando forma: tornou-se uma paixão arrebatadora. Daquelas que cega, faz as mão suarem, seca a garganta e deixa sem rumo.
Um dia a vontade de estar juntos chegou a um absurdo tão grande, que não resistiram. Mesmo sabendo que aquilo era um erro, se entregaram a esse sentimento. E tão lindo foi sentir os lábios tocarem, as mão se acariciarem, os olhos se encontrarem... Um mágico momento, sedução e paixão se encontravam, e então, se libertavam.
Sabiam que de certa forma era errado, mas a paixão, o coração falava mais alto. Não tinham como evitar. E quanto ao obstáculo, esse continuava sem saber de nada, protegido pela sua inocência e um falso tom de confiança. Se ela supunha uma traição, sabia como esconder tal dúvida. E eles, amantes, cada vez mais pertos e mais fortes. Cada vez mais entregues, apaixonados.
Por mais que ele publicamente falasse que amava o “obstáculo” existente, era no ouvido dela (a outra) que ele contava seus desejos mais secretos. Ele pode muitas vezes sonhar com ela, mas é em outra cama que ele dorme. Na cama dela! E porque ele fazia isso? Talvez pela entrega, talvez para apenas se sentir mais homem ou porque não por amor? Ninguém pode dizer, julgar ou chegar a uma conclusão, apenas havia algo forte o suficiente para permitir esse desejo.
Mas quem está errado? Ninguém, talvez. Porque nas duas situações existe sentimento. Diferentes, verdadeiros ou não, mas existem! Um doce, o outro mais intenso, mas ambos belos, mesmo com conseqüências às vezes, doloridas ou deveras fatais.
E assim, eles amantes, dormem abraçados, desfrutam de momentos únicos e secretos. E ela, que pode ser vista ao lado dele, desfruta de uma solidão consentida, sofre de saudade pela distancia do seu amado, enquanto ele anda sendo bem cuidado, mas é perturbado pela indecisão: escolher a inocência daquela que diz amar, da qual a doçura o encanta ou então se deliciar aos venenos daquela mulher de escorpião, que lhe proporciona sentir o paraíso, acompanhado de outras deliciosas sensações, às vezes, indescritíveis...

2 comentários:

Mercuryo disse...

\o/ ... jah sabes o q penso disso!! passando soh pra deixar um beijo!!

Nachali disse...

ahhh Lindo!!!!!!

Humm... é muito feio fazer isso?!
jauahuahua

Posso tia?
hauhauahuahuaa

Brincadeirinha!