segunda-feira, 23 de maio de 2011

Para pensar...

Hoje fiquei pensando se a palavra solitário existe realmente... Por mais que tenhamos várias pessoas a nossa volta, não enxergamos absolutamente nada... Parece que a escuridão toma conta de nossas decisões, nossas palavras, atos, nossas VIDAS... Ai parei e fiquei pensando como um HUMANO que falha e que como os outros, precisa de coisas do mundo para viver... Só que no fundo minha ALMA SORRIA PORQUE ELA ENXERGAVA JESUS QUE ESTAVA AO MEU LADO e via que não estava sozinho.. FALANDO AO MEU OUVIDO PRA MIM NÃO TEMER E QUE SÓ PRECISO DELE... E a palavra solitário, deixa pro dicionário...

(Lucas Botta)


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ilusão: o primeiro de todos os prazeres

Às vezes num instante, num momento de distração, os olhos se encontram e então uma espécie de magia começa, que de tão intensa parece surreal.

Parece ter o movimento exato, o sorriso encantador e a alma leve. Parece brincar com a vida ao convidá-la para entrar naquela espécie de dança mágica e entorpecente.

É encantador quando num primeiro olhar, é perfeito ao toque.

Mexe com todos os sentidos, e te devora sem nem mesmo encostar a boca na sua.

Chega mais perto e assim deixa sentir seu perfume, mistura suas cores e você se torna peça de uma cena da qual você não tem o roteiro e não faz idéia de quem é aquele que te encanta...

Desconhece o passado, os medos, erros e acertos daquele que deixa o teu coração acelerado e a respiração ofegante... que faz com que você perca os sentidos, a razão e, por mais que você lute e ainda tenha consciência de que deve se manter imutável e firme, você não resiste e então - num breve momento de lucidez - percebe que já não se pertence mais...

Tudo te envolve: o jeito, o cheiro, os olhos, a forma como te pega pela cintura e te abraça, principalmente se a noite é fria... Eles exercem um fascínio e um domínio impossíveis de controlar, de deter... Você se torna pequena e frágil diante de tanto poder mas a sensação é agradável demais... e você não consegue resistir a extremo e ilusório fascínio.

Aquela sensação de por alguns instantes não se pertencer, de acreditar que tudo se resume naquela ocasião, de que por um momento não se é humano e assim se tornar perfeito, é fonte de satisfação e até de plenitude, mesmo que apenas por um momento...

É aquela doce ilusão, que adoça a vida, amolece o coração e cega os olhos...

Aquela que às vezes nos leva a beira do precipício, mas às vezes nos faz chegar e entender o que é o paraíso...

Aquela, que muitas vezes é ilusão excessiva, e que arrasta o coração sem pena e você desesperado parte em busca de nova ilusão que te cause o mesmo frisson, o mesmo prazer... Mas se você é uma pessoa de sorte, tal ilusão se torna eterna, plena, constante e mais real do que você poderia supor... Mas como descobrir se esse deslumbramento é palpável e real ou até onde ele é apenas um sonho um truque sacana disso que entendemos por destino?

(Cíntia Synderski)

*Dedicado a Danillo, que me indicou o tema. =)